5 de out. de 2016

Cinema nos anos 60

Nesse texto vou abordar os traços mais marcantes do cinema nos anos 60, esse foi um trabalho feito pela minha equipe, Flashback, para o Seminário de Atualidade Cultural, matéria do primeiro semestre de artes e design. O meu objetivo é trazer um pouco mais do que tenho estudado e mostrar algumas atividades produzidas na faculdade. 

Para o trabalho desenvolvemos um cartaz de cinema com fotos dos diretores que produziram os clássicos da época que conhecemos hoje.

Aqui vocês vão encontrar dados sobre o cinema francês (Nouvelle Vague) e italiano (neo-realista) que influenciaram fortemente no Cinema Novo do Brasil. Além disso outros gêneros que fogem um pouco da crítica social como terror e os musicais.

Esse é um material extenso, de estudo. Tentei condensar ao máximo que pude para não se tornar algo maçante para o blog mas também não pude deixar de mencionar os detalhes importantes (que são muitos). Durante o texto vocês vão encontrar informações técnicas (sublinhadas) e históricas, que escolhi destacar para facilitar a leitura.


Contextualização da década
Esse período coincide com o fim da Segunda Guerra Mundial, fim da Era Vargas e início da abertura econômica com JK, a corrida armamentista - que gerou uma grande curiosidade sobre os mistérios do espaço - e as guerras - que causaram muita pobreza nos países atingidos - impulsionaram uma produção voltada para o entretenimento e a crítica social.

França 


Com a decadência do realismo poético francês, logo após a Segunda Guerra Mundial, em que o roteirista ganha muito mais destaque do que o diretor, alguns jovens estudantes e amantes do cinema se reuniram para restabelecer o conceito de cinema e autor que vigorou na França até 1930, chamado Nouvelle Vague. O marco inicial desse movimento é o filme Nas Garras do Vício (Le Beal Serge), do diretor Claude Chabrol. Mais tarde surgiram outros filmes que se tornaram clássicos como Hiroshima meu amor (Hiroshima Mon Amour) de Alain Resnais, Jules et Jim (1962) de François Truffaut e O Desprezo(1963) de Jean-Luc Godard. 

Em maio de 1959, o prêmio máximo do Festival de Cannes foi dado a um filme, com pouco dinheiro, em preto e branco, com atores desconhecidos e com o diretor estreante François Truffaut: Les quatre cents coups (Os incompreendidos – título no Brasil). Embora fazendo parte do mundo acadêmico os críticos que escreviam para a revista francesa Cahier du Cinema como Godard e Truffaut pregavam um cinema nada convencional, com a vitalidade da geração sessentista abusavam da liberdade usando câmeras na mão, luz natural, enquadramentos e montagens inesperados e investindo na desconstrução da linearidade, este tipo era considerado cinema de autor, embora produzido de maneira coletiva com valorização do ator e do improviso. 

O movimento Nouvelle Vague mudou a história do cinema em vários aspectos, entre eles o cinema francês acadêmico, que deixa de lado os estúdios, a formação, que passa a ser a partir da cinemateca e as técnicas que são esquecidas tornando o cinema mais simplificado no modo de produção. Atualmente no cinema, há muitos resquícios do Nouvellle Vague, como técnicas jump cut, liberdade na produção, estéticas da composição, coletividade da equipe do filme e o amor pelo cinema. 

Itália 


A inovação cinematográfica se dá em todo o globo. Na Itália, os filmes neo-realistas produzidos nos anos de 1950 e 1960 tiveram grande ênfase na política, em particular no seu caráter humanista e respectivo modelo de produção, que foi apontado por cineastas e críticos em sua vinda no Brasil, com o ideal para uma cinematografia periférica ou ‘’subdesenvolvida’’. Esse foi o modelo que estimulou o surgimento do cinema ‘’pré-neo-realista-brasileiro’’ ou ‘’proto-cinema-novo’’, ou seja o cinema brasileiro moderno da metade dos anos 1950, assim como o Cinema Novo do ano de 1960. 

O neo-realismo se origina na Itália no interior de uma estrutura de produção e de um plano cultural, anterior, com características bem definidas que tiveram a sua estruturação já durante os últimos anos do regime fascista, que cai com a Guerra. Caracterizado como um movimento político e artístico, que se confunde com aquele próprio momento e a luta contra o fascismo. Caracterizou-se pelo uso de elementos da realidade numa peça de ficção, aproximando-se até certo ponto, em algumas cenas, das características do documentário. Ao contrário do cinema tradicional de ficção, o neo-realismo buscou representar a realidade social e econômica de uma época. Com poucos recursos, linguagem mais simples, temáticas contestadoras, atores não profissionais e tomadas ao ar livre, os filmes retratam o dia-a-dia de proletários, camponeses e a pequena burguesia. 

O filme "Obsessão" (Ossessione, 1943), de Luchino Visconti, é considerada a obra inaugural do neo-realismo. Porém, o movimento ganhou maior repercussão com o lançamento de "Roma, Cidade Aberta" (Roma, città aperta, 1945), de Roberto Rossellini, rodado logo após a libertação da cidade. 
Na vida breve do movimento, a Itália viveu uma fase complexa e foi capaz de lidar com muitas dificuldades. Ela se libertou da tirania da ocupação nazi-fascista, e rapidamente reconstruiu sua base industrial. Foi difícil dizer de quem era a culpa pela destruição de uma sociedade unificada e da alienação de seus indivíduos. O Neo-realismo capturou esta confusão crescente na transformação de histórias. Na década de 1950, o cenário já é outro, o quadro de crise econômica e social parece ter sido amenizado, a televisão ganha cada vez mais espaço e, para enfrentá-la, os produtores investem no cinema de entretenimento. Já no final da década de 50 e início dos anos 60, o cinema italiano inclina-se para a investigação psicológica, retratando uma sociedade em crise. 

Brasil 


Já no Brasil, o cinema contava com duas grandes companhias cinematográficas, a Atlanta, voltada para a Chanchada, e a Vera Cruz, voltada para produções Hollywoodianas. Ambas compunham um cinema afastado da situação real do povo brasileiro, uma vez que o Brasil vivia uma grande onda de massificação cultural norte-americana. Em busca de romper com esse estilo cinematográfico e levar a situação real da vida brasileira para as telas, surge o Cinema Novo. 

O primeiro filme a idealizar o Cinema Novo foi Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos em 1955. A partir daí, jovens entusiastas do Rio e da Bahia aderiram à ideia e a transformaram no novo cinema nacional. A principal característica do Cinema Novo era buscar a aproximação da população brasileira com o filme, rompendo com o ideal do cinema norte-americano da época. Para isso, os filmes possuíam uma narrativa mais lenta, com diálogos maiores entre os personagens, uma câmera sem movimento e histórias voltadas para o sertão nordestino, com temáticas como a fome e a política. 

Com o ideal de “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, a nova fase do cinema nacional buscava deixar as dificuldades financeiras de lado e executar as ideias de maneiras mais simples possíveis. 
O Cinema Novo, que durou de 1960 até 1972, pode ser dividido em três fases: 
-A primeira fase, de 1960 a 1964, é marcada pela forte onda popular, onde buscavam trazer a realidade do povo brasileiro. Os grandes marcos desta fase são Vidas Secas e Deus e o Diabo na Terra do Sol – este último sendo de Glauber Rocha, um dos maiores nomes do Cinema novo. 
-A segunda, de 1964 a 1968, é marcada pela luta contra a ditadura. Nesta fase o Cinema Novo encontrou grande represália, uma vez que sua principal característica era a crítica à política. Muitos títulos foram proibidos nessa época, e muitos diretores foram exilados. 
-A terceira fase, de 1968 a 1972, foi fortemente influenciada pelo tropicalismo, onde as obras buscavam exaltar as belezas nacionais. Como reflexo, pode-se observar que a principal obra desta fase é Macunaíma, filme inspirado na obra homônima de Mario de Andrade. 

Durante a segunda fase do Cinema Novo o movimento desprendera-se de suas raízes. Os filmes que traziam a realidade nordestina eram proibidos e sufocados pela represália do governo e os filmes lançados não traziam mais a realidade brasileira, focavam-se na classe média, perdendo o ideal do movimento. 
Com a decadência do Cinema Novo e o número de obras diminuindo a cada fase, o movimento tem seu fim em 1972 com o surgimento do Cinema Marginal, movimento que, assim como o Cinema Novo, buscava romper com seu antecessor. 

Musicais 



Além da presença intensa das críticas sociais nos filmes da época, os anos 60 também foram marcados por diversos musicais de sucesso, arrecadando muito em bilheteria e revolucionando o cinema musical. Principalmente adaptações de musicais famosos da Broadway ou até mesmo de livros, os musicais traziam para o cinema musicas e números de dança que deixaram seu legado e são inspirações para as produções atuais.  

Um dos musicais de maior sucesso da época foi West Side Story ou Amor Sublime Amor, é uma a adaptação de um famoso musical da Broadway de 1957. A versão cinematográfica do musical representou uma revolução para os padrões do musical clássico de Hollywood, a extravagancia de cores, movimentos e luzes é típico desta era. Assim, o filme tem que ser analisado como fruto da sua época, sendo que hoje tudo nele parece ultrapassado era revolucionário na época. O maior trunfo do filme foi incorporar ideias absolutamente teatrais, como uso da cor, luz, e dos cenários presentes na produção original e expandi-los.  

Sinopse
O filme conta a história de duas gangues dos bairros oeste de Nova York, os Sharks (porto-riquenhos) e os Jets (Judeus) que estavam sempre em guerra. Tony (Richard Beymer), antigo líder dos Jets, se apaixona por Maria (Natalie Wood), irmã do líder dos Sharks, e tem seu amor correspondido. A paixão dos dois fere princípios em ambos os lados, acirrando ainda mais a disputa. O sucesso de público e a acolhida da crítica foi estrondosa.  

Outro musical de sucesso da época e que encanta até hoje por suas canções e efeitos especiais foi Mary Poppins de 1964, produzido pelos estúdios Disney. Baseado no livro de P.L Travers. Estrelado por Julie Andrews, esse filme ocupa a sexta colocação na lista dos 25 maiores musicais americanos de todos os tempos, idealizada pelo American Film Institute (AFI), divulgada em 2006. Mary Poppins foi a maior bilheteria mundial do ano, arrecadando 28.500.000 dólares.  

Sinopse
O filme é ambientado em 1910 em Londres, onde o banqueiro Mr. Banks um homem frio que trata com rigidez Jane e Michael, seus filhos sapecas, não consegue contratar uma babá, pois elas desistem facilmente do emprego. Numa noite enquanto escreve com usa esposa um anúncio no jornal procurando uma babá, sua filha Jane aparece com uma carta, mostrando como seria uma babá perfeita. A carta chega às mãos de Mary Poppins que é tudo aquilo que está escrito na carta. Mary Poppins possui poderes mágicos, e com seu amigo faz-tudo Bert transforma a vida daquela família com muita música e diversão. Mary Poppins foi um grande vencedor no Oscar de 1965, levando os prêmios de melhor atriz para Julie Andrews, melhores efeitos especiais, melhor edição, melhor canção e melhor trilha sonora original.  

Outro filme musical de grande sucesso foi My Fair Lady ou Minha Querida Dama, lançado em 1964 e estrelado por Audrey Hapburn. 

Sinopse
My Fair Lady conta a história de Eliza Doolittle, uma mendiga que vende flores pelas ruas escuras de Londres em busca de uns trocados. Em uma dessas rotineiras noites, Eliza conhece um culto professor de fonética Henry Higgins e sua incrível capacidade de descobrir muito sobre as pessoas apenas através de seus sotaques. Quando ouve o horrível sotaque de Eliza, aposta com o amigo Hugh Pickering, que é capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade, num espaço de seis meses. Uma curiosidade sobre o longa é que Audrey Hapburn não canta no filme, apesar de ter sido treinada pra isso, ela é dublada em todas as cenas.“My Fair Lady” 

levou 8 estatuetas do Oscar 1965, entre elas: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Rex Harrison) e Melhor Figurino. 

Terror 


Outro estilo que tomou forma nos anos 60 é o terror, que ainda deixa suas suas marcas nos filmes atuais. Esse gênero teve grandes marcos feitos na década de 60, como Psycho (no Brasil – Psicose) lançado em 1960, um filme dirigido e produzido por Alfred Hitchcock. É considerado um dos maiores filmes de todos os tempos, com a famosa cena do chuveiro e o incrivel plot twist, psicose continua assustando as pessoas até hoje. 

No Brasil esse gênero também ganha forma em Night of the Living Dead (no Brasil, A noite dos Mortos-Vivos), foi um filme independente, dirigido por George A. Romero e estrelado por Duane Jones e Judith O'Dea. A Noite dos Mortos-Vivos é um dos maiores clássicos do cinema de horror, foi dele que surgiu o conceito de Apocalipse Zumbi, sub-gênero que atualmente é extremamente popular movimentando a industria de várias formas como HQs, jogos, series e mais. Romero marcou também pela critica social feita no filme, abordando temas como racismo ao colocar um protagonista negro que no final é morto ao ser "confundido" por um zumbi. 

Por fim, o comentário de alguns desses clássicos citados anteriormente. 

Deus e o Diabo na Terra do Sol, segundo longa metragem do Glauber Rocha, é um marco de representação máxima do Cinema Novo, movimento que tenta desatar as rédeas da grande produção recebendo grandes influências da Nouvelle Vague francesa e do Neo-realismo italiano. 
O filme retrata a triste realidade no Brasil nos anos 60 que persistem atualmente no que se trata da seca no Nordeste. São representados os contrastes sociais entre miséria e a riqueza e poder na mão de quem detinha dinheiro ou representação religiosa. Retoma a história para falar do cangaço, mostrando que tudo se paga com a mesma moeda, e põe a vingança como o valor do homem. A é bem representada e junto com ela a religião que se corrompe e vai contra os dogmas pregados. Nesse contexto acontece morte, fuga, desesperança, medo, dor e coragem. 

A trilha sonora é característica e marcante, com trechos de Villa-Lobos e cordéis feitos pelo próprio Glauber. A trilha sonora é fundamental e complementadora das ideias do filme. 

Hiroshima mon amour é um filme franco-japonês produzido em 1959, com direção de Alain Resnais e escrito por Marguerite Duras. Um dos grandes ícones do cinema francês e um dos mais famosos e influentes da Nouvelle Vague. 

Sinopse
O filme conta a história de uma atriz francesa casada que veio de Paris para trabalhar num filme sobre a paz. Ela se apaixona por um arquiteto japonês também casado, cuja esposa está viajando. Nos dois dias que passam juntos várias lembranças veem à tona enquanto esperam a hora da partida dela. Após 14 anos ela pôde reviver a mesma sensação de amor impossível como no passado. 
O filme é divido em três partes. A primeira é documental, com cenas reais de Hiroshima após o ataque em que aparecem pessoas mutiladas, carbonizadas e agonizando. A segunda parte é o romance entre Elle e Eiji. E a terceira é um flashback que conta, por meio de lembranças do passado, a adolescência dela em Nevers e quando se apaixona por um oficial alemão quando tinha apenas 18 anos. Por ser inimigo, a família não aceita esse relacionamento e considera como desonra, raspa o seu cabelo e a prende em um subsolo comendo lodo das pedras. 

A contribuição desse filme para a história do cinema, além de documentar a angústia e a realidade de quem sofreu o ataque a Hiroshima, é a parte técnica no que se refere aos flashbacks. É a primeira vez que esse recurso aparece nas telas de cinema e surpreende a todos. 

Psicose, dirigido por Alfred Hitchcock e lançado em 1960 conta a história de Marion Crane, uma secretária (Janet Leigh) que rouba 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha para se casar e começar uma nova vida. Durante a fuga à carro, ela enfrenta uma forte tempestade, erra o caminho e chega em um velho hotel. O estabelecimento é administrado por um sujeito atencioso chamado Norman Bates (Anthony Perkins), que nutre um forte respeito e temor por sua mãe. Marion decide passar a noite no local, sem saber o perigo que a cerca. O filme foi feito com 800 mil dólares, baixo orçamento mesmo para a época e para o calibre do diretor. Originalmente seria gravado em cores. Hitchcock fazia questão de manter absoluto mistério sobre o filme, proibindo a entrada no cinema depois no início das sessões e pedindo sigilo aos que já haviam assistido. O filme pode ser dividido em duas partes. Na primeira, conhecemos a personagem Marion e acompanhamos sua trajetória até o Motel Bates, onde é recebida por Norman. É nesse momento que Hitchcock puxa nosso tapete e apresenta o maior plot twist de todos os tempos, com uma senhora – presumivelmente a mãe ciumenta de Norman – assassinando Marion impiedosamente, a facadas, em uma daquelas sequências que, uma vez vista, jamais será esquecida. 

O bebê de Rosemary, dirigido por Roman Polanski, lançado em 1969, conta a história de um jovem casal, Rosemary (Mia Farrow) e Guy Woodhouse (John Cassavetes), se muda para um prédio habitado por estranhas pessoas, onde coisas bizarras acontecem. Quando ela engravida, passa a ter alucinações e vê o seu marido se envolver com os vizinhos, uma seita de bruxas que quer que ela dê luz ao Filho das Trevas. Os diálogos iniciais também são muito tranquilos e cotidianos, embora já forneçam pistas importantes para o desenrolar do filme. Durante toda a trama, mesmo quando já temos certeza dos horrores que cercam a doce e ingênua protagonista, nada de concreto é ofertado ao público. O mais interessante da obra é verificar que sem uma cena violenta ou visualmente assustadora, com rostos desfigurados ou personagens que olham para a câmera com um sorriso macabro ou olhos vermelhos, Polanski fez um cult do terror, que é todo costurado por uma série de coincidências estranhas, pessoas gentis demais e uma gravidez fora dos padrões sem motivo aparente. Outra cena que merece destaque é a que Rosemary fica semiconsciente e presencia algo, que ela imagina ter sonhado depois. Os limites entre sonho e realidade e o questionamento da verdade, mesmo que por um breve instante, fornecem a qualquer filme um ingrediente muito valioso: o mistério. 

Dr. Fantástico, dirigido por Stanley Kubrick, lançado em 1964, conta a história de um general americano que acredita que os soviéticos estão sabotando os reservatórios de água dos Estados Unidos e resolve fazer um ataque anticomunista, bombardeando a União Soviética para se livrar dos "vermelhos". Com as comunicações interrompidas, ele é o único que possui os códigos para parar as bombas e evitar o que provavelmente seria o início da Terceira Guerra Mundial. 

Considerada uma das melhores comédias de todos os tempos, Dr. Fantástico nasceu como um suspense. Conforme Stanley Kubrick escrevia a história sobre a possibilidade de uma guerra nuclear acidental, a tensão foi dando lugar ao humor.  Dr. Fantástico é um retrato ácido e definitivo sobre os despautérios da guerra, exaltado pelas atuações magistrais de Peter Sellers e George C. Scott. Através de cenas consegue criticar, como no começo em que vemos cartazes que dizem “paz é nossa profissão” enquanto contraditoriamente estão realizando a guerra. 

Uma odisseia no espaço, dirigido por Stanley Kubrick, lançado em 1968, mostra desde a "Aurora do Homem" (a pré-história), um misterioso monólito negro parece emitir sinais de outra civilização interferindo no nosso planeta. Quatro milhões de anos depois, no século XXI, uma equipe de astronautas liderados pelo experiente David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood) é enviada à Júpiter para investigar o enigmático monólito na nave Discovery, totalmente controlada pelo computador HAL 9000. Entretanto, no meio da viagem HAL entra em pane e tenta assumir o controle da nave, eliminando um a um os tripulantes. 

Perspectiva, perfeccionismo, fotografia e insistência, são características do filme de Kubrick. O longa foi finalizado em 1968, o que choca muitos pela qualidade visual que Kubrick nos presenteia, é uma explosão de áudio e visual que é difícil piscar durante as cenas. Kubrick conseguiu o que queria. O início do filme, nos mostra o homem ancestral, antes mesmo da chegada do Homo Sapiens, tudo isso com imagens fascinantes do instinto da espécie naquela época. Certo dia, quando acordam, se deparam em frente a um monólito preto, e dai em diante os macacos começam a se tornar agressivos e descobrem que podem usar um pedaço de osso como uma arma. Até hoje, há uma grande discussão para a certa interpretação do que é o monólito no contexto do filme, muitos acham que é a forma de vida extraterrestre, outros acham que é a representação de Deus, e daí surge toda aquela teoria de ser um filme teológico. O filme é “parado”, muitos desistem de assistir por esse motivo, ou por não entendê-lo, mas é essa a intenção, deixar você confuso e fazê-lo ir atrás de informações. 



Espero que vocês tenham gostado desse estilo de post. É uma partilha do meu novo mundo com vocês!

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